Reparação Bacia do Rio Doce

WWF-Brasil e Fundação Renova lançam concurso para selecionar projetos inovadores para a restauração da Bacia do rio Doce

Publicado em: 23/03/2020

Uso Sustentável da Terra

Pessoas de todo o país poderão inscrever iniciativas de plantio sustentável com fins econômicos para as áreas de MG e ES

No dia 22 de março, dia Dia da Água, a Fundação Renova, em parceria com o WWF-Brasil, o Instituto Terra e o Centro de Pesquisa Internacional Agroflorestal (ICRAF), lança o edital do Concurso Ideias Renovadoras: Plantando Árvores e Colhendo Alimentos. Com o objetivo de identificar soluções voltadas para Sistemas Agroflorestais (SAF), prática que combina espécies florestais com culturas agrícolas ou pecuária, o concurso vai premiar os melhores projetos com a sua implementação na bacia do Rio Doce. Receberão prêmio cinco iniciativas, três realizadas na bacia do rio Doce e outras duas de fora da bacia, em qualquer lugar do país.

 

 

O concurso promoverá a criação de uma rede de compartilhamento de conhecimento, considerado fundamental no trabalho de restauração florestal. Todos os participantes receberão, ainda, material informativo para ser disseminado entre as Escolas Famílias Agrícolas e os Institutos Federais dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Além disso, cada um dos selecionados receberá uma premiação em dinheiro. 

Cerca de 40 mil hectares de área serão reflorestados pela Fundação Renova. Desse total, aproximadamente 10 mil poderão ser destinados ao plantio com fins econômicos. Até o final deste ano, serão definidos os arranjos produtivos que serão implementados na bacia do rio Doce.

Atividade econômica

Segundo o especialista de Uso Sustentável da Terra da Renova Felipe Drummond, a iniciativa de SAF será uma forma de geração de renda para os produtores da bacia. “O produtor vai ter a oportunidade de preservar sua área, melhorando a qualidade da vegetação, da água e do solo, e ainda terá atividades que geram renda”, afirma.

A especialista em Água e Agricultura do WWF-Brasil Leda Fontelles Tavares destaca a importância do engajamento nesse desafio de restauração ambiental. “O concurso vai além de criar novos arranjos de reflorestamento. É uma maneira de envolver as pessoas, despertar o interesse pelo meio rural e difundir o conhecimento para os participantes e outras pessoas envolvidas nessa área, como estudantes e filhos de produtores”, diz.

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