Reparação Bacia do Rio Doce

Soluções para retomada da pesca são discutidas em Belo Horizonte

Publicado em: 23/01/2017

Agropecuária e Pesca

No próximo mês, será realizada uma nova edição do painel no Espírito Santo

Os principais desafios relacionados à retomada das atividades econômicas e produtivas relacionadas à pesca, aquicultura e extração de areia impactadas foram discutidos durante o I Painel Técnico sobre Atividades Aquícolas e Pesqueiras, realizado no dia 19 de janeiro, em Belo Horizonte (MG). Organizado pela Fundação Renova, o evento reuniu representantes acadêmicos, de instituições técnicas e órgãos reguladores e fiscalizadores para refletirem, de forma cooperativa, sobre possíveis alternativas para recomposição dessas atividades na região da bacia do Rio Doce.

“Valorizamos o diálogo e não acreditamos em respostas prontas. O encontro é um momento de aprendizado que possibilita que diferentes públicos envolvidos trabalhem em parceria na busca de soluções para essa questão tão complexa”, afirma Estaneslau Klein, que atua do Programa de Retomada das Atividades Aquícolas e Pesqueiras.

I Painel Técnico sobre Atividades Aquícolas e Pesqueiras, realizado pela Fundação Renova, no dia 19 de janeiro, em Belo Horizonte (MG).

I Painel Técnico sobre Atividades Aquícolas e Pesqueiras, realizado pela Fundação Renova, no dia 19 de janeiro, em Belo Horizonte (MG). | Foto: João Bosco

Durante o evento, foram apresentados dados e diagnósticos de pesquisas já realizadas sobre o tema, experiências implementadas e seus resultados, e analisado o cenário pós rompimento da barragem de Fundão. Com uma perspectiva multidisciplinar, os especialistas discutiram desafios e potencialidades sob os pontos de vista social, econômico e ambiental que contribuirão para o trabalho integrado que será desenvolvido pela Renova.

Essas discussões contribuirão para a elaboração do escopo do programa. Um dos principais desafios é integrar o trabalho de recuperação ambiental, que dará condições para restauração das atividades no rio, com o estímulo a aquicultura e a produção sustentável de peixes na região respeitando e assegurando os modos de vida, interesses e vocações profissionais e produtivas do público diretamente impactado.

O passo seguinte será o engajamento dos pescadores, aquicultores e extratores de areia impactados, para envolvimento na definição das ações a serem realizadas.

Estiveram presentes no bate papo representantes do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Sebrae-MG, Universidade Federal de Minas Gerais, Epamig, Emater, entre outras entidades. No próximo mês, será realizada uma nova edição do painel no Espírito Santo.

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