Reparação Bacia do Rio Doce

Relatório apresenta resultados parciais do monitoramento das águas da bacia do rio Doce

Publicado em: 01/08/2019

Monitoramento da Água

O documento traz uma avaliação simplificada dos rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce e das lagoas no Espírito Santo

 

O novo relatório parcial do Programa de Monitoramento Quali-quantitativo Sistemático de Água e Sedimento (PMQQS) apresenta uma avaliação dos resultados de 18 parâmetros físicos, químicos e bacteriológicos, além da precipitação e nível de água, analisados no período entre agosto a outubro de 2018, em 29 pontos amostrais nos rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce e 14 distribuídos nas lagoas do Limão, Nova, Juparanã, Areal, Pandolfi (Areão) e Monsarás, na região do Baixo Doce, no Espírito Santo.

Veja o relatório completo

Coleta do PMQQS realizada no rio Doce em Colatina, em setembro de 2018. | Foto: Nitro Imagens

Nos resultados obtidos, destaca-se que no último trimestre avaliado (agosto, setembro e outubro de 2018) não houve violação dos limites de referência legal para os parâmetros: arsênio total, cádmio total, chumbo total, cobre dissolvido, cromo total, mercúrio total, níquel total, zinco total, sólidos suspensos totais, turbidez e fósforo total nos pontos monitorados dos rios e das lagoas.

Porém, o limite de referência legal foi ultrapassado para o alumínio dissolvido nas lagoas Juparanã, Pandolfi (Areão) e Monsarás; para o ferro dissolvido em um ponto do rio Doce e nas lagoas Juparanã, Areal, Pandolfi (Areão) e Monsarás; e para o manganês total em pontos dos três rios monitorados (Gualaxo do Norte, Carmo e Doce) e da lagoa Monsarás.

Além desses parâmetros, também foram verificadas violações do limite de referência legal para Escherichia coli, sendo observadas em amostras de pontos dos três rios monitorados (Gualaxo do Norte, Carmo e Doce) e da lagoa Juparanã; para o oxigênio dissolvido nas lagoas do Limão, Nova, Juparanã e Monsarás e uma amostra do rio Doce; e para o nitrogênio total em uma amostra da lagoa Nova. Para metais pesados, não foram observados casos de extrapolações dos valores máximos históricos do monitoramento do IGAM — realizado em período anterior ao rompimento da barragem de Fundão.

Desde novembro de 2015, as águas dos rios afetados são monitoradas. Primeiro, em caráter emergencial e depois, desde agosto de 2017, pelo PMQQS. São 92 pontos de monitoramento manuais e 22 estações automáticas. Essa rede foi montada em pontos estratégicos e acompanha a evolução da qualidade das águas, identificando tendências e apoiando a elaboração de diagnósticos.

As medições das estações automáticas são transmitidas on-line, de hora em hora, para o poder público. Já as coletas manuais são realizadas mensalmente. O programa forma uma rede de informação e alerta, que subsidia o planejamento preventivo dos principais sistemas de abastecimento público de água e direciona as ações de recuperação e acompanhamento da qualidade da água do rio Doce, aumentando a segurança da informação relativa à qualidade da água.

Hoje, o PMQQS é considerado o programa de monitoramento mais completo do Brasil e seus resultados podem servir de base para tomadas de decisão de todas as Câmaras Técnicas que subsidiam o Comitê Interfederativo (CIF). O primeiro relatório parcial, publicado em julho de 2018, apresentou resultados de 15 parâmetros em 29 pontos de monitoramento, coletados entre agosto de 2017 e janeiro de 2018.

O Relatório Anual do PMQQS de todos os pontos e parâmetros monitorados está em análise pelo Grupo Técnico de Acompanhamento do PMQQS (GTA-PMQQS) do CIF. Este relatório apresentará uma análise de todos os parâmetros físico-químicos analisados em água, sedimentos e biota aquática em todos os 92 pontos analisados. No total, serão mais de 1,5 milhão de dados.

3 comentários

    Espero resposta desse último análise realizado ?

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    Olá, Délio. Os resultados dos monitoramentos realizados por nós, ao longo de toda bacia do rio Doce, são extremamente relevantes. Com esses dados em mãos é possível avaliar o andamento das ações que estão sendo executadas e seus resultados podem servir de base para tomadas de decisão de todas as Câmaras Técnicas que subsidiam o Comitê Interfederativo (CIF). Destacamos que essa metodologia é uma das principais formas para acompanhar o desdobramento do rompimento no rio e é utilizada não só pela Fundação Renova, como também, por exemplo, pela Agência Nacional das Águas (ANA). É por meio do monitoramento que são pensadas as soluções possíveis para a recuperação. Como divulgamos, o Programa de Monitoramento Quali-Quantitativo Sistemático (PMQQS), faz um monitoramento extensivo e detalhado dos cursos d’água impactados. Indicadores geram informações confiáveis para acompanhar a recuperação do rio. Sabemos que existe uma melhora significativa em relação ao que apresentou no momento crítico do rompimento e que a condição hoje é muito similar ao que era antes de 5 de novembro de 2015. Atualmente, há 92 pontos de coleta de dados sobre água ao longo do rio Doce e zona costeira e 22 estações automáticas de monitoramento de água, o que faz com que o Doce seja o rio mais monitorado do Brasil. Saiba mais sobre as ações para melhoria da qualidade da água na bacia do rio Doce em: https://www.reparacaobaciariodoce.com/agua/.

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