As ações do programa contam com a parceria do Instituto Terra
Realizado em parceria com o Instituto Terra, o Programa de Recuperação de Nascentes prossegue suas atividades com o engajamento dos proprietários rurais. Nos últimos meses, eles foram instruídos sobre como proteger os cursos d´água que nascem em suas terras e receberam orientação técnica e os materiais necessários para cercar os olhos d’agua. Além disso, o Instituto Terra oferece mão de obra para os proprietários que necessitarem de apoio na execução do serviço.
Segundo o engenheiro florestal da Fundação Renova, Felipe Tieppo, o solo da área de atuação é muito degradado pela atividade agropecuária. “A proteção impede o acesso do gado às nascentes, estimula a regeneração natural das espécies locais e contribui para a redução da compactação do solo, evitando que a chuva carregue material para o leito do rio”. O programa também prevê, entre outras medidas, proteção contra incêndios, plantio de mudas e controle de competidores, como o capim Brachiaria, que concorre por recursos do solo com a vegetação local e é muito comum em pastagens.
A conclusão da recuperação das nascentes está prevista para maio de 2018. As 500 nascentes identificadas estão localizadas nas bacias de drenagem dos rios Suaçuí Grande, Pancas e Santa Maria do Doce, que têm como principais municípios de influência, respectivamente, Governador Valadares (MG), Pancas e Colatina (ES).
Nascente protegida na Fazenda Alto Pancas, em Pancas (ES). | Foto: Divulgação
ACOMPANHAMENTO E DIÁLOGO
Uma equipe da Renova visitou, em dezembro e janeiro, nascentes nas bacias dos rios Santa Maria do Doce e Pancas. Os profissionais acompanharam as atividades implementadas pelo Instituto Terra e contribuíram com melhorias para a metodologia.
O Instituto Terra é uma instituição ambiental, que desenvolve, desde 2010, o Programa Olhos D’água para o Vale do Rio Doce. A iniciativa tem como meta a recuperação e proteção de 300 mil nascentes até 2046. Clique aqui e conheça outras ações da entidade, que tem como cofundador, o fotógrafo Sebastião Salgado.