Reparação Bacia do Rio Doce

Projeto prevê implantação de quintais produtivos na sede de Barra Longa

Publicado em: 25/08/2021

Barra Longa , Território Alto Rio Doce

 15 famílias farão parte do projeto-piloto e  a mobilização será conduzida pelo Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento

A Prefeitura de Barra Longa, em Minas Gerais, aprovou um plano de trabalho apresentado no início de agosto para o desenvolvimento de quintais produtivos no município. 15 famílias farão parte do projeto-piloto e, com os resultados obtidos a partir das análises de amostras dos sedimentos, serão implementados sistemas produtivos nos locais impactados pelo rompimento da barragem de Fundão (MG). 

 A mobilização das famílias será conduzida pelo Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD), ONG parceira da Fundação Renova que atua nas áreas de educação popular e desenvolvimento comunitário sustentável. Já a análise do material coletado será feita por duas frentes: uma responsável por avaliar a presença de metais e demais características do solo e outra encarregada de verificar a fertilidade, em momentos distintos.

A partir dos resultados, será decidido com cada proprietário a melhor forma de atuação e o sistema produtivo a ser implantado em seu quintal para, em seguida, dar início aos projetos. Com o trabalho desenvolvido, começará a etapa de engajamento de cerca de 200 quintais de Barra Longa. 

Restauração florestal em áreas rurais

A implantação da restauração florestal em áreas que tiveram rejeitos depositados entre a barragem de Fundão e a Usina de Candonga, nos municípios de Mariana, Barra Longa, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Ponte Nova, foi concluída. A região abrange um trecho de cerca de 100 quilômetros, onde estão os rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce, que sofreram o primeiro impacto ambiental com a passagem do rejeito. O trabalho envolveu mais de 200 propriedades rurais, incluindo pessoas físicas e jurídicas, com a adesão e autorização para a intervenção. 

A restauração florestal sobre o rejeito se baseou em resultados de pesquisas científicas que apontaram o plantio de mudas nativas como a medida mais indicada para continuar com as ações de desenvolvimento de cobertura vegetal, iniciadas após o rompimento, somado à melhoria das formações florestais atingidas. As melhorias incluem o cercamento e plantio de mudas nativas para enriquecimento e condução das regenerações naturais.

 

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