Reparação Bacia do Rio Doce

Poços artesianos são soluções alternativas à captação de água do rio Doce

Publicado em: 23/03/2017

Abastecimento de Água

Ao todo, 26 poços já foram perfurados em Minas Gerais e no Espírito Santo

Pensar alternativas à captação de água do rio Doce é uma das preocupações da equipe do Programa de Melhoria do Sistema de Abastecimento de Água, da Fundação Renova. Até o momento, duas possíveis soluções já são implantadas: adutoras e poços artesianos.

Os poços são uma alternativa ao abastecimento de água em locais onde não há outro rio que possa ser usado para captação e instalação de adutoras, além do Doce. Além disso, a quantidade de água que deve ser fornecida às regiões também é levada em conta na hora da escolha entre as duas opções.

Se a demanda for pequena, os poços conseguem supri-la, sem que seja necessário construir uma adutora, que exige custos adicionais, como energia elétrica e mão de obra para manter a operação após a entrega. Os poços artesianos são perfurações no solo para a captação de água direta dos aquíferos, que são reservas de água subterrânea.

Alternativas à captação de água direta do rio Doce são necessárias para garantir o abastecimento de municípios e distritos.

Alternativas à captação de água direta do rio Doce são necessárias para garantir o abastecimento de municípios e distritos. | Foto: Divulgação

ETAPAS DO PROCESSO

As fontes de água subterrânea apresentam, geralmente, aspectos qualitativos e quantitativos adequados para destinação ao consumo humano. No entanto, é necessário realizar estudos preliminares para locação dos poços e, também, de segurança hídrica dos sistemas alternativos para garantir a eficiência e a continuidade da captação.

Após a definição do estudo de segurança hídrica, bem como uma análise química completa da água subterrânea, é instalado o sistema de bombeamento e realizada a interligação do poço à rede de tratamento e abastecimento do município.

De acordo com o engenheiro hidrogeólogo do Programa de Melhoria dos Sistemas de Abastecimento de Água, Mateus Mol, o estudo de segurança hídrica já está em andamento, mas já há poços perfurados para o uso emergencial de municípios e distritos que tiveram seu abastecimento afetado pelo rompimento da barragem de Fundão. “Estamos desenvolvendo um estudo de segurança hídrica em grande escala. O objetivo é criar um material amplo, que possa servir como base para respaldar decisões acerca da construção dos futuros sistemas de abastecimento alternativos, bem como da validação das atuais alternativas”, explica.

Dos 26 poços já perfurados pela equipe da Fundação Renova, 20 estão em Minas Gerais e seis no Espírito Santo.

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