Reparação Bacia do Rio Doce

MONITORAMENTO HÍDRICO – PERÍODO CHUVOSO 2020

Publicado em: 30/01/2020

Período Chuvoso

A Fundação Renova vem acompanhando o aumento histórico do volume de chuvas nos últimos dias e os reflexos nos municípios de Minas Gerais e Espírito Santo onde atua e informa que não há evidências de que o rompimento da barragem de Fundão tenha causado impactos na elevação dos níveis de água dos rios. O aumento de turbidez em decorrência da elevação de partículas ocorre sazonalmente no período chuvoso e, até o momento, não é possível afirmar se está associado ou não ao rejeito.

Segundo os dados do monitoramento hídrico, realizado pela Fundação Renova em 92 pontos da bacia do rio Doce, sendo 22 com coletas automáticas, incluindo cidades como Governador Valadares (MG), Linhares e Colatina (ES), o nível atual de turbidez está semelhante ao observado nos períodos chuvosos desde 2016/2017 e abaixo dos níveis verificados no período pós rompimento.

Neste período chuvoso, os níveis de turbidez retornaram à faixa abaixo do alerta (1.050NTU), como indica o gráfico a seguir. À época do rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015, a turbidez em Governador Valadares chegou a 2.604,3NTU. No recente período chuvoso, marcado por volumes de chuva históricos, a média do nível de turbidez nessa cidade mineira está em 120,7NTU.

A Fundação Renova informa que uma equipe de técnicos coletou amostras dos resíduos da enchente em Governador Valadares e encaminhou as mesmas para análise.

O gráfico a seguir mostra dados comparativos de turbidez que se referem ao período emergencial (relativo à época do rompimento, 2015/2016).

 

Saúde

A Fundação Renova informa que, de acordo com o Relatório de Consolidação de Estudos de Avaliação de Risco à Saúde Humana (ARSH), divulgado em dezembro passado, não há metais decorrentes do rompimento da barragem do Fundão que representem risco toxicológico à saúde humana. Por isso, não há limitação de atividades agropecuárias nem consumo de água (desde que tratada) ou necessidade de remoção dos moradores na região de Mariana e Barra Longa.

 No dia 13 de janeiro, o juiz da 12ª Vara Federal homologou a Gestão Ambiental Integrada para Saúde e Meio Ambiente (Gaisma) como instrumento para a realização de novos estudos para avaliar o risco à saúde humana e o risco ecológico em todos os municípios atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão.

 Atualmente, cerca de 70 profissionais – entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos – contratados pela Fundação atuam em Mariana e Barra Longa na assistência à população local. Além das ações de apoio direto aos serviços de saúde nos municípios, são discutidas propostas para fortalecer o atendimento a demandas sobre toxicologia com o governo de Minas Gerais.

 Na pauta, estão iniciativas como a melhoria de laboratórios públicos regionais, capacitação de profissionais de saúde dos municípios atingidos, revisão do protocolo de avaliação toxicológica para metais e a implementação de um plano de monitoramento e reabilitação ambiental.

Também está em discussão na Câmara Técnica de Saúde a realização de estudos adicionais para aprofundar as análises em Mariana e Barra Longa.

Confira as ações preventivas da Fundação Renova aqui.

E aqui, soluções que foram adotadas pela Fundação Renova para o manejo de rejeitos.

Este conteúdo foi útil para você?

Deixe seu comentário