Reparação Bacia do Rio Doce

Mais de 300 mil mudas começam a ser plantadas nas nascentes do Rio Doce

Publicado em: 30/11/2017

Restauração Florestal

O plantio garante a proteção dos mananciais e favorece a regeneração florestal, oferecendo ao solo condições suficientes para reter as águas das chuvas

São mais de 300 mil as nascentes que desaguam no Rio Doce. Dessas, cinco mil serão recuperadas, em 10 anos, pelo Programa de Recuperação de Nascentes. No primeiro ano, 511 foram cercadas em parceria com o Instituto Terra e, agora, 306 mil mudas começam a ser plantadas. Esta ação garante a proteção dos mananciais e favorece a regeneração florestal, oferecendo ao solo condições suficientes para reter as águas das chuvas.

A escolha das regiões prioritárias para recuperação das nascentes foi feita pelo Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce), órgão responsável pela gestão da bacia. De acordo com a presidente do CBH-Doce, Lucinha Teixeira, a escolha é feita com base no Mapa de Vulnerabilidade do Rio Doce, elaborado pelo Instituto Bioatlântica e aprovado pelo Comitê, em 2015. O Mapa leva em consideração a disponibilidade hídrica, o uso e a ocupação do solo, a biodiversidade positiva, a degradabilidade do solo e a capacidade de adaptação, calculada a partir do Índice de Desenvolvimento Humano municipal e de dados de cobrança por uso da água.

Com as regiões definidas e mapeadas, começa o trabalho de mobilização dos donos das propriedades de cada região. A participação é voluntária e o proprietário rural ganha muito com uma nascente recuperada. As vantagens vão desde a melhora na disponibilidade de água da propriedade, o que pode aumentar a produção agrícola, ao tratamento dos afluentes com a instalação de fossas sépticas ou mini Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs), barraginhas e instalação de caixa-seca para melhorar a infiltração de água na propriedade.

A proteção de nascentes conta com a parceria de diferentes instituições, que são fundamentais para o contato com os produtores rurais e viabilização dos trabalhos, como Instituto Estadual de Florestas (IEF) Regional Rio Doce e Regional Teofilo Otoni, Prefeitura de Itambacuri, Jampruca e Frei Inocêncio, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural  (Emater) de Itambacuri e dos Comitês de Bacia Hidrográfica (CBH) do Rio Doce, do Suaçui, de Santa Maria do Doce, Pontões e Lagoas do Rio Doce, Instituto de Defesa Agroflorestal do ES (IDAF).

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