Flores fazem parte das estratégias de contenção da erosão do solo
Girassóis agora fazem parte da paisagem de Mariana (MG), em um ponto perto de Ponte do Gama. As flores foram plantadas onde o rejeito, proveniente do rompimento da barragem de Fundão, foi sedimentado, nas margens e planícies de inundação dos rios Gualaxo do Norte, do Carmo e Doce, no seu trecho de Mariana a Candonga.
Segundo o analista de projetos socioambientais da Fundação Renova Pedro Ivo esse tipo de ação faz parte dos trabalhos de bioengenharia, que envolvem, entre outros, controle de erosão do solo e revegetação. Na região que vai de Mariana a Candonga, em Minas Gerais, foi semeado um mix de sementes de diferentes espécies de crescimento rápido, como o próprio girassol. Para isso, foi utilizada a chamada adubação de cobertura de solo.
“Para empregar um método natural, primeiro utiliza-se máquinas para drenagem e conformação do solo e, depois, entra a técnica de bioengenharia, para conter a erosão e evitar que o rejeito seja carreado de volta ao rio. As plantas têm raízes que contribuem para a fixação do solo”, conta Pedro Ivo.
Girassóis foram plantados em área impactada pelo rompimento da barragem de Fundão. | Foto: Divulgação