Reparação Bacia do Rio Doce

Fundação Renova reúne especialistas para elaboração coletiva de termo de referência sobre risco ambiental

Publicado em: 31/08/2017

Fundação Renova

Mesmo o sedimento já tendo sido classificado como não tóxico, encontro serviu para avaliar os riscos ao ecossistema à longo prazo

Diferente dos riscos à saúde humana, que já são conhecidos e possuem referências nacionais e internacionais, avaliar as ameaças do depósito de sedimentos ao meio ambiente é um desafio que necessita cautela em sua execução. Cada animal ou planta, de cada região, possui sua própria característica e é preciso muito estudo para lidar com as especificidades de cada espécie. Mesmo o sedimento já tendo sido classificado como não tóxico, é importante avaliar quais são os riscos ao ecossistema a longo prazo. Para isso, a Fundação Renova reuniu cerca de 60 especialistas de várias áreas de conhecimento para discutir as melhores maneiras de avaliar os riscos que os sedimentos liberados pelo rompimento da barragem de Fundão podem trazer ao meio ambiente.

 

Cerca de 60 especialistas, de várias áreas do conhecimento, se reuniram para discutir as melhores práticas no tratamento do risco ecológico causado pelo rompimento da barragem de Fundão. | Foto: Divulgação

De acordo com Juliana Bedoya, líder das ações relacionadas ao manejo de rejeito da Renova, ainda não existem parâmetros no Brasil para avaliação da ameaça ecológica. “O principal desafio é saber como a fauna e flora impactadas pelo rejeito vão reagir. No caso de animais e plantas temos que observar as características regionais, entender essas particularidades e encontrar a forma mais adequada para realizar a melhor análise do ecossistema relacionado à bacia do Rio Doce”, explica.

 

Na ocasião, foram discutidos os itens do termo de referência para o risco ecológico, assim como seu objetivo, abrangência, escopo e premissas para seu gerenciamento em áreas contaminadas. Durante o workshop, também foram apresentados casos práticos no Brasil.

 

Estiveram no evento Karin Guiger, da Arcadis; Alexandre Maximiano, da Tecnohidro; Tataiana Furley, da Aplysia; Marcela Corsini, do U.S. Environmental Protection Agency – Grupo EPA; John Weir; da CH2M, entre outros.

A proposta é que o termo de referência seja consolidado ainda em 2017.

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