O maior desafio é fornecer apoio psicológico, psiquiátrico e de assistência social às famílias
Desde a sua criação, a Fundação Renova trabalha em diversas frentes para garantir aos atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão acesso aos cuidados com a saúde. Com ações que visam fortalecer as estruturas municipais existentes, tanto no atendimento clínico quanto na proteção social, o maior desafio nesta área é fornecer apoio psicológico, psiquiátrico e de assistência social à essas famílias.
Em suas ações de apoio à saúde física e mental da população atingida, a Fundação trabalha para elaborar um estudo epidemiológico e toxicológico que irá identificar o perfil das comunidades, de Mariana até a Foz do Rio Doce, antes e após o rompimento, a fim de avaliar os riscos e suas correlações.
A Renova conta com 22 profissionais, entre assistentes sociais e psicólogos, para atuar no atendimento psicossocial nos CREAS e CRAS. | Foto: Leo Drumond / NITRO
No campo da proteção social, a Renova conta com 22 profissionais, entre assistentes sociais e psicólogos, para atuar no atendimento psicossocial no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), nas cidades de Mariana e Barra Longa, em Minas Gerais. Além disso, um veículo próprio atende aos atingidos no deslocamento entre suas residências e os locais onde são ofertados os serviços de assistência social e de saúde. Para os próximos meses, a Renova trabalha na elaboração de um “Mapa de Vulnerabilidade” que irá detectar, em todas localidades atingidas, os territórios e tipos de vulnerabilidades agravadas pelo rompimento. Este mapa guiará a elaboração de planos municipais para a redução destes impactos.
Com o objetivo de garantir uma maior integração e convivência entre membros das comunidades atingidas, a Fundação Renova promoveu um estudo das necessidades dos idosos de Bento Rodrigues e Paracatu. “Nos reunimos com eles [idosos] em abril e tomamos conhecimento de algumas questões, como a falta de atividades de lazer, ociosidade, distanciamento de vizinhos e parentes e a impossibilidade de cultivar a terra”, explica Lucimar Ferreira, da equipe de Reassentamento da instituição. A partir deste estudo, várias atividades foram desenvolvidas, como: a criação de uma horta comunitária em Mariana, a realização de passeios, como a visita à Reserva Técnica, e o encontro mensal na Casa de Cultura de Mariana, os “Cafés Musicais”.