Reparação Bacia do Rio Doce

Fundação Renova define proposta para o manejo dos rejeitos na bacia do rio Doce

Publicado em: 13/03/2017

Manejo de Rejeito

Documento será entregue para análise e aprovação dos órgãos ambientais competentes

As primeiras estratégias que serão usadas no manejo do rejeito depositado na bacia do rio Doce, após o rompimento da barragem de Fundão, foram concluídas na tarde desta segunda-feira (13/03). Métodos como a divisão da bacia em trechos escalonados por impacto, consolidação de técnicas viáveis de remoção de materiais e procedimentos de recuperação das áreas impactadas são alguns dos resultados obtidos no workshop promovido pela Fundação Renova.

O plano de manejo apresenta o mapeamento de técnicas de remoção do rejeito que poderão ser usadas, como escavação, dragagem e a retirada manual em locais sensíveis, como no caso da área de Bento Rodrigues, subdistrito de Mariana (MG). Prováveis modelos de recuperação dos territórios impactados também foram identificados, como a revegetação com gramíneas, técnica necessária para o posterior plantio de espécies mais robustas, e a conformação dos cursos d’água afetados.

Representantes de órgãos ambientais, especialistas e acadêmicos discutem o Plano de Manejo de Rejeito.

Representantes de órgãos ambientais, especialistas e acadêmicos discutem o Plano de Manejo de Rejeito. | Foto: Thiago Fernandes

A partir do plano de manejo de rejeito, que será entregue em 20 de março para análise e aprovação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (Iema) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad), será desenhado o plano de ação que coordenará a retirada do material depositado no rio e a recuperação das áreas atingidas, tendo em vista o trecho entre Mariana (MG) e a foz do Rio Doce, em Linhares (ES). Os órgãos ambientais integram a Câmara Técnica de Rejeito do Conselho Interfederativo (CIF).

A importância da construção conjunta do plano de manejo, que reuniu 80 profissionais de cerca de 30 instituições, sendo seis órgãos ambientais, cinco instituições de ensino e pesquisas e seis consultorias especializadas, é a agilidade e eficiência que ele trará às ações de remoção e recuperação. Uma vez aprovado, a Fundação Renova poderá lançar mão de todos os métodos nele descritos, sem a necessidade de aprovar cada etapa separadamente junto aos órgãos competentes.

BALANÇO

3 workshops
80 especialistas
30 instituições participantes, entre academia, órgãos ambientais, consultorias

Veja a cobertura completa do evento aqui.

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