Reparação Bacia do Rio Doce

Comunicado sobre a relação entre o surto de febre amarela e o rompimento da barragem de Fundão

Publicado em: 17/02/2017

Renova Esclarece

Nas últimas semanas, diversas mensagens têm circulado nas redes sociais, sites e WhatsApp associando o surto de febre amarela no Brasil ao rompimento da barragem de Fundão. Uma das postagens mais compartilhadas tem como fonte o Museu Mello Leitão e diz que, segundo o biólogo André Ruschi, o surto da doença está relacionado à suposta falta de predadores de mosquitos, como peixes e sapos, às margens do Rio Doce.

Recentemente, o Museu de Biologia Professor Mello Leitão, no Espírito Santo, divulgou em sua página oficial do Facebook, que o boato publicado em nome da instituição é falso. A nota oficial diz: “O perfil do Facebook “Mello Museu Leitão” não tem nenhuma relação com o Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA) – nova denominação do Museu de Biologia Prof. Mello Leitão. Trata-se de um perfil falso, que utiliza um nome invertido do Museu Mello Leitão, como também é conhecido, aparentando tratar de informação do Museu. Qualquer material ali publicado não tem origem nem expressa a opinião do INMA nem de pessoas que o representam”. O assunto foi tema de matéria no Jornal Extra, no dia 08 de fevereiro de 2017.

Outra instituição a se posicionar sobre o assunto recentemente foi a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), que publicou artigo em seu site descartando a possibilidade de que o surto atual seja consequência da lama que invadiu o Rio Doce após o rompimento da barragem, uma vez que a relação apenas poderia existir se o rejeito tivesse adentrado as florestas das regiões atingidas pelo vírus, o que não aconteceu.

O texto menciona também o painel realizado nos dias 19 e 20 de janeiro de 2017, pela Fundação Renova, em Belo Horizonte (MG), que contou com a participação de diversos especialistas, entre eles, o biólogo e professor de ecologia da UFOP, Sérvio Ribeiro. De acordo com o professor, as matas afetadas foram as da região de Mariana, onde não existem casos da doença. No médio e baixo Rio Doce, locais que são naturalmente áreas de florestas densas e úmidas, a lama se manteve nas margens do rio e não teve força para causar um desmatamento.

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