Reparação Bacia do Rio Doce

Acordo entre Fundação Renova e Fundação Projeto Tamar amplia monitoramento de tartarugas no Espírito Santo

Publicado em: 16/12/2020

Regência , Biodiversidade

 

Para a realização do projeto, foi firmado um contrato de  R$ 1,4 milhão. É a primeira vez no país que esse trabalho é realizado nessa escala com a espécie cabeçuda.

 

O monitoramento de tartarugas marinhas, realizado desde 1980 pelo Projeto TAMAR foi ampliando e intensificado em 2017 pela  Fundação Renova, como parte das ações de monitoramento da biodiversidade aquática.  O monitoramento de ninhos e fêmeas em cerca de 160 km de praias do Espírito Santo, agora conta com o auxílio de transmissores via satélite. Serão instalados transmissores em 20 fêmeas com o objetivo de mapear rotas migratórias, identificar áreas de alimentação e avaliar mudanças de comportamento reprodutivo. Essa é a primeira vez no país que esse trabalho é desenvolvido em tartarugas cabeçudas (Caretta caretta). A iniciativa integra as ações de acompanhamento da biodiversidade aquática em áreas atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão (MG) e avaliação de impactos ambientais. 

 

A instalação dos transmissores iniciou em novembro, durante o período reprodutivo da espécie. Com a ajuda dos transmissores, será possível coletar dados até então desconhecidos, como área de uso das fêmeas no período entre uma postura e outra, número de posturas na temporada reprodutiva, tempo e profundidade dos mergulhos, entre outras informações. 

 

Cerca de R$ 1,4 milhão serão desembolsados, ao todo, para a aquisição e instalação dos equipamentos , treinamentos e contratação de profissionais. Os transmissores têm autonomia para operar por até 500 dias. A previsão é que os primeiros resultados sejam conhecidos em 2021. Entre os locais monitorados estão as áreas da Reserva Biológica de Comboios, a Terra Indígena de Comboios, Povoação, Monsarás, Cacimbas, Ipiranga, Ipiranguinha, Pontal do Ipiranga, Barra Seca/Urussuquara, Campo Grande, Barra Nova e Guriri. O estudo vai levantar a distribuição e uso da área pelas fêmeas.

 Sobre as tartarugas-cabeçudas 

Ameaçada de extinção, a tartaruga cabeçuda é a espécie com a maior quantidade de desovas no litoral do Espírito Santo (cerca de 90% das desovas no estado são dessa espécie). O monitoramento das desovas, que ocorrem entre setembro a março, é considerado uma das mais importantes estratégias para proteção dos ninhos e avaliação do status de conservação das populações de tartarugas marinhas da região.

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